Rebelde com "pouca" causa.

E é mesmo, com certeza.

Eu assumo: fui rebelde enquanto "aborrecente", fui mesmo. Nunca fiz nada demais, mas ser rebelde nos anos 70 era coisa boa. Era mesmo ? A frase acima me define hoje em dia, mas não naquele tempo, não nos Anos Rebeldes - literalmente.

Eu não tinha muita liberdade, muito menos para viajar , não escapava dos olhos de minha mãe sempre vigilante, mas uma vez dei "um jeito" - disse que ia dormir na casa de uma amiga mais velha (que minha mãe conhecia) e saí de Copacabana onde morava e fui para a Rodoviária do Rio, peguei um ônibus e vim para São Paulo visitar meu pai que aqui morava. Eu devia ter uns 15 ou 16 anos e lembro bem que prendi o cabelo e usei uma saia para parecer mais velha ! rs Super aventura, suprema rebeldia.

Bons tempos da Viação Cometa!

Eu não tinha nenhuma intenção de "fugir" de casa para não voltar, muito pelo contrário, pois sabia que não poderia morar com meu pai naquela época, e ainda por cima estava estudando. Eu fiz isso só pelo sabor da aventura, ir de um Estado a outro sem ninguém saber, uma rebelde total com pouca ou nenhuma causa ! rs rs

A conclusão da minha "aventura rebelde" foi a seguinte:

- Eu cheguei bem em São Paulo e na casa do meu pai;

- Ele levou um susto com minha presença e logo depois telefonou para minha mãe no Rio;

- Minha mãe ficou muiiiiiiito brava por eu ter mentido, e prometeu castigos;

- Meu pai depois do susto, me mandou de volta para o Rio de avião !!! Só alegria !

- Castigos aconteceram, mas eu nem me lembro mais.

O que valeu foi o sabor da aventura, e isso ninguém tira da gente.

Viver é o que vale, aventurar por toda cidade, por estados, por países, pela vida. Sempre.


Boa semana a todos.


beijos,


Tina